(((entre_parenteses)))

Ando pensando, vivendo, voltando, procurando sem nunca entender.

Mas o que é o entender para uma vida em constante mudança? As coisas passam, as situações também. Por mais que elas pareçam intermináveis enquanto as estamos vivenciando, sempre vamos um dia lembrar.

Mas e as mágoas? Por que parece ser tão difícil delas passarem? Essa necessidade de reparação, conserto, equivalência? Por que uma mágoa não é tão facilmente resolvida apenas em nós mesmos? Qual a delas q necessitamos que a pessoa que nos magoou nos faca algo em reparação? E mesmo quando ela parece resolvida, uma situação similar a faz despertar e doer como se tudo fosse vivenciado novamente? Será que tenho aqui comigo alguma teoria sobre isso? Bem que gostaria.

Há pessoas muito importantes para mim que me magoaram extremamente e já cheguei a esquecer essa mágoa; aí esta minha teoria: esquecer não é perdoar e perdoar não é esquecer. A cura da magoa tende a ser o perdão, ou estaria enganada de novo? Não seria a primeira vez e certamente não será a última. Cheguei a esquecer magoas e agir conforme elas sem nem perceber que isso acontecia e quando me dei conta, a magoa lá de trás estava me devorando e não sabia como lidar com ela. Não sei como lidar com ela...

Já perdoei pessoas que não fazem mais parte da minha vida, então não sei o quão forte e verdadeiro foi esse perdão. É muito mais fácil tirar do convívio logo apos perdoar, um afastamento qua não seja forçado gera um tempo de cura necessário, mas será q numa volta do conviver isso não seria reavivado? E quando o perdão tem q ser todo dia, como no caso da magoa com alguém que a gente precisa conviver? Já ouvi que com essas mágoas aprendemos até onde está o limite das pessoas dentro de um relacionamento, seja família, amizade, contrato de trabalho. Mas e quando esses limites são também parte da base desses relacionamentos?