pois tenho prova amanhã. tive prova na semana retrasada e no mês passado. detesto provas. detesto mais estudar para as provas.
sempre tive uma mente hiperativa (ligada em tudo e e todos e fazendo mil coisas ao mesmo tempo na cabeça) e um corpo meio sedentário (sou fã da preguiça) mas, quando as coisas vão para o lado de fazer provas, eu me enrosco. não dá. no tempo do colégio era assim: se a prova era de geografia/história/ciências, no dia anterior eu lia o livro assim: deitava no sofá, cobria o livro do rosto com o sol e ia recitando o texto; era uma maneira de gravar o que estou lendo pelas próximas 48 horas, fazer a prova e pronto; pergunte-me hoje o que me lembro daqueles ensinamentos? bem diz o professor de cálculo que aquilo é "um pedaço de mal caminho" e assim continua no ensino 'superior'. tenho minhas aversões ao método de avaliação de aprendizagem, para mim teria que ser tudo sempre prova oral, tipo uma 'mesa redonda', saca? ou trabalhos-seminários (que não passam de um tipo de trabalho inventado pelos professores-amadores que não querem preparar aulas sobre determinados assuntos e os alunos que se virem e depois ele diz que vai cobrar nas provas! (sim, esse pensamento eu tinha e ainda tenho quando se trata de alguns professores (existem alguns que fazem isso do metodo de avaliação como deveria ser))) onde temos que pesquisar, preparar a apresentação (aula!) e apresentar de maneira clara e objetiva de maneira que o restante da turma entenda também e que o professor não precise fazer mais perguntas. eu gosto de trabalhos tipo seminário (desde que o prazo entre a determinação do tema e a apresentação seja viável para as pesquisas e preparações junto com o grupo), acho um método de avaliação condizente com o mundo atual, moderno. mas, existe aquele porém inequívoco da 'burrocracia' onde o professor deve seguir os 'padrões' das instituições (faculdade, estado, Estado ~ 'orgãos regulamentadores do ensino') e existem os alunos presos à essas ordens que se o método de avaliação não for o que ele espera irá correndo relatar à reitoria, uma lástima.
tenho uma revolta pessoal com avaliações por meio de prova escrita, não acho justo, não acho certo e muito menos 'democrático'. sei que 'o mundo' não está nem um pouco aí para como estamos nos sentindo em determinado dia que já havia sido pré-estabelecido tal avaliação ou durante aquela aula importante sobre o que e como ia cair na prova; ou se o aluno assimilou ou não o suficiente determinado assunto de maneira a explicar de maneira clara e objetiva (que é o que o espaço disponível para a resposta requer que seja) a sua resposta. mas a minha revolta está baseada no meu elevado problema de auto-confiança aliado ao meu método peculiar de explicar as coisas em que crio situações. vivi muito tempo embasada de exemplos fictícios ou metafóricos para explicar as coisas e, na maioria das coisas, sei como as coisas funcionam, sei porque e sei de seu objetivo porém, devido a essa natureza questionadora que tenho, sempre vou criando novas situações sobre o que já se está provado. tenho a mente voltada ao método científico de pensamento (o que me impede de fazer afirmações sobre toda e qualquer coisa (esteja ela provada cientpificamente ou não) ainda mais sobre as que estou aprendendo).
quando o estudo é de algo lógico (resolução de problemas baseados em números) fica tudo mais fácil (ainda que se possa levantar outros questionamentos por conta das fórmulas e propriedados de certas operações) mas, e quando é sobre coisas teoricamente comprovadas, parcamente exploradas, em que se teve uma palavra ou duas e temos de gravar suas 'definições'?
eu nasci de um eletrotécnico e uma contadora. com ele aprendi o que era um computador, levei meu primeiro eletrochoque e fiquei fascinada como aquelas letrinhas verdes na tela depois criavam desenhozinhos coloridos na tela (ah, basic no msx); com ela eu aprendio que era amor e aceitar e educação. cresci em condomínio fechado onde aprendi convivência social, aprendi que terei apelidos que não vou gostar mas que não vai adiantar e reclamar só vai piorar (quem gosta de ser chamado pelo diminutivo do próprio nome?) e a questão é aceitar (isso também foi ela quem me ensinou). na escola descobri que o mundo era maior ainda do que eu pensava e adorava cada professor e cada aula como se fosse a coisa realmente mais importante de minha vida (aos 3 para 4 anos implorava para ser colocada na escola porém, como pré-escola era paga e cara para os padrões de minha família, acabei entrando na escola apenas aos 5). com essa pequena base e tudo o que veio depois tomei um gosto enorme pelo conhecimento (posteriormente utilizado de maneira a tornar-se sabedoria). avaliei muito e, decidi que sou uma pessoa da área de humanas com gosto pela área de biologia porém minha natureza definitivamente questionadora me levou para a área de exatas.
e agora cá estou eu, hoje estudando exatas como estudava no colégio para uma prova que discordo, lendo conceitos de uma matéria de 'exatas'que serve para desenvolver o tipo de pensamento que já possuo. achando isso extremamente inútil e querendo sair correndo porque, embora concorde com os conceitos apresentados pelo autor e pelo professor, ao mesmo tempo que discordo de alguns pontos. um grande problema é que a maioria dos professores não estão abertos a esse tipo de discussão e quando estão introduzindo a matéria em sala pela primeira vez nem sempre temos algum conceito sobre alguma coisa e aceita-se o que se é dito (reparem na palavra 'maioria', o que não é a mesma coisa que 'todos' e nem mesmo a mesma coisa que 'muitos', ok?).
bom, procrastinei em demasia o martírio de continuar estudando. um dia releio este texto. boa noite.