more and more and more...
on and on and on...
eu nao consigo caminhar. estou paralisada. observo as coisas que acontecem do outro lado. está tudo confuso, em pedaços. estava tentando entrar na umbra, mas fiquei presa entre os mundos. presa nos pedaços. o espelho se partiu enquanto eu saia e me impediu de continuar saindo. vejo. deixei coisas para trás que nao deveria. onde estao as outras coisas que deveriam estar aqui? tambem do outro lado. mas nem mesmo os olhos eu consigo desviar agora. vejo-o muito bem. nao! deixe meus pedacos aqui, nao quero me machucar, isso nao aconteceu antes, nao sei se vc pode... sera que eu me multiplicaria se isso fosse feito? seria horrivel isso. nao, nao senti dor, esta sendo feito mas nao senti dor, mas tudo continua igual. nao, tem algumas mudancas. nao e dor isso, mas e parecido. agora com um pedaco faltando que eu nao poderia voltar mesmo. mas nao consigo. eu poderia ate tentar, mas poderia ficar um membro meu aqui, uam perna, um braco, a cabeca... espero todos os pedacos se encaixarem. espero ouvir uma voz, ainda que distante, me chamando de volta. bilhetes e papeis e cartas me comovem, olhares sao a melhor coisa. nao estou conseguindo respirar tambem e meu coracao bate fraco. sinto os ultimos suspiros de vida mas, infelizmente, sei que eles vao durar mais do que todo ultimo suspiro. poso ficar meses, anos suspirando assim. o espelho era redondo.
eu ja estive pior. ja estive melhor. ja estive de varias formas. houve um tempo em que eu acreditava saber o que queria e o que seria de mim. gostaria de voltar a ser crianca para descobrir isso tudo antes de errar tanto. tanta coisa acontecendo que eu nao consigo acompanhar meus proprios movimentos.
por favor, chegue mais perto par aque possa ouvir a minha voz, nao ha fonte de luz mas sei que pode enxergar no escuro. nao vou mais fugir. estou aqui a espera. deixe-me ouvir a sua voz nem que seja uma ultima vez e depois nunca mais. mas nao e bem isso que pretendo. minhas palavras dizem muitas coisas estranhas, meus gestos tambem e tudo o mais. nem eu consigo compreender-me. desejo...
(vulgo: comunicações)
"
deep inside I'm heartless
deep inside regardless
kill for me - my every word a lie"
(serpentine - flowing tears)
algo mais apra ser dito? desconfio que não. hoje não posso decidir nada, mas quando poderei? não quero perder tudo, mas já perdi.
"
deep inside a child
when tears and dreams go wild when
deep inside comedian for life
say will I die for you?
see I was always there to run
will I deny for you?
the smiling scarecrow on your tongue
say will I die for you?
see I was always there to run
say will I die for you?
deep inside I'm dying
deep inside I'm hiding
speak to me the words
of love and trust!
(I feel distrust)
(...)
and in the distance I'm alive
and in the distance neon lights so far away from me
and in the distance I'm alive"
na verdade isso nem é tão verdade assim. outra banda chega e volta a tocar e a música é sempre a mesma. e sempre as mesmas coisas e o de sempre, sempre. começo meio fim.
assim como esse post aparentemente inútil, a vida segue assim por muito e muito tempo. eu ainda não gosto de telefones.
tem ainda muita coisa acontecendo. e eu pareço estar fugindo de tudo. quem não vê não sabe meus meios de lutar. luta diferenciada, sim. todos assim somos. não posso apressar o final de uma batalha. pensando bem, até poderia se quisesse dar a batalha por perdia, a minah própria lâmina daria conta do recado. e pronto. apressei os resultados. sem mim não tem porque a minah vida continuar, certo? não era essa a idéia oroginal do que escrevo. mas ainda asism é. porque terem que ficar pensando que tudo está a mil maravilhas?! porque fico como estou em poucos momentos. talvez seja o sono oua dor de cabeça, mas essa última começou alguns minutos depois de início da escrita verdadeira.
será que tem algo para ser entendido aqui? nós sabemos que tem, mas sabemos também que as interpretações poderão serem muitas, afinal, está tudo mais abstrato aqui do que no salão de baile abandonado.
acho que essa ultima palavra qualificando o salao de baile causará impacto muito forte, nao vou trocá-la. simto-me péssima nesse exato instante. mas algumas coisa me melhoram o humor. vou postar isso daqui e ir postanto várias coisinhas depois. nao posto tudo de uma só vez porque cada uma que posto anula a anterior, então. é isso.
"
não vou mentir. dói em mim também. e dói muito.
desde o primeiro momento vem doendo aqui dentro. desde a primeira vez que decidi... e fui juntando as peças da decisão, os bloquinhos para poder alcançar aquilo, mesmo sabendo que assim que eu alcançasse os bloquinhos ruiriam e a queda seria grande, muito grande. por isso ainda dói."
continuo a rondar aquele casarão. não consigo enfrentar a idéia de que o baile acabou, mas é fato. o sol realmente ainda não nasceu, uma densa nuvem negra o cobre. os sinos reclamam o dia, ele não vem. troco a máscara e a fantasia, troco o lado e o lugar, mas bons bailes nunca são esquecidos e as músicas quando parecem se repetir noutros, o primeiro é sempre o mais lembrado. sempre há um primeiro baile, nem sempre ele é o único. quando se gosta de vida. o baile mais bonito que já participei acabou. ainda rondo o casarão antiquado, mas perfeito, onde passei muitas horas dançando e feliz. houveram, sim, os momentos em que caí do salto e todos me olharam e me recriminaram por não saber andar com todo o glamour que o baile oferecia. às duras penas aprendi a simular o glamour. desisti. tirei os sapatos e machuquei os pés nos outros pés que me pisavam. mas o baile ainda assim foi lindo. um baile inesquecível. para sempre eterno na minha memória e em meu coração. para sempre quardarei a máscara e a fantasia usada. para sempre sonharei com as horas passadas. mas agora tento observar, mesmo na escuridão, qual seria o meu caminho para casa. saio andando para ver se encontro. e na escuridão posso ainda enxergar o casarão do último baile. e uma silhueta na janela. pensava que não havia mais ninguém lá. sento e enquanto consigo ainda escutar na memória as melhores músicas, observo a silhueta de alguém dançando ainda. levanto e de olhos fechados rodopio pelas ruas, solitária. não tropeço nem caio. meu mundo agora é um vazio onde crio meus sons e vou dançando através do nada, acompanhada de ninguém...
todo fim é uma morte. pensemos neste como uma: lembrar dos bons momentos para se manter bem e continuar, era isso que o morto gostaria que fosse feito.