eu não podia, não podia
mas não é que havia proibição
não podia por não querer
como se pode o que não se quer
sem querer não se faz, tenta
dormir de tarde com criançada gritando:
não pode, mas porque não quer.
qual como querer sem poder
de tanto trabalho, coitado,
acabou trabalhando até morrer
mas nem morreu porque quis
também foi assassinato
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o silêncio come
- beijinho...
- só se for de côco!
- um só.
- panela cheia, faça lá.
- beijinho?
- de côco!
- mas só tem banheiro aqui.
- inventa cozinha ou nasce branquela.
- promete que o tempo deixa trazer o beijinho antes de nascer?
- dois meses. ou ela nasce branca.
- ...
- e tem que ser na panela, cheia! feito por ti...
- mas eu não...
- nasce branca!
ele demorou 3h e a mulher estava na maternidade com a bambina, preta preta. o loirasso olhou pro bambino albino para explicar:
- era brigadeiro...
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tu-tchi tu-txhi tu-tchi tu-thxi...
lalalá . la . lá...
tututu-xi
tu-tchi tu-txhi tu-tchi tu-thxi...
lalalá . la . lá...
tututu-xi
ahn... skeshi suro vai avo... jusso vai lai bai...
tu-tsi-tu-tsi-tu-tsi... prego... ai!
não brinco mais.
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sabe as coisas mais lindas
que tem nas minhas poesias
são as suas entre elas
os versos e as pernas
versadas nessa cama
escritos na janela
do teclado pr'o rato
o gato observando
os versos se multiplicam
sem nexo
seu sentido nunca meu
o meu que se perdeu
agora fica nosso
mas só quando estamos juntos