depois de muito tempo, tenho vontade de voltar a escrever. tenho vontade de codificar aqueles desabafos torpes que não consigo fazer. chorar é algo proibido para mim há quase dois anos ou mais.
acompanho escritores que estão saindo do forno agora. acompanho escritores que já queimaram no forno e voltaram feito fenix. a fenix, estoria miraculosa em que todos lembram apenas do final, o meio esquecido (ou terá sido queimado?) preciso desesperadamente de fantasia, princesinhas da disnei e essas pompas idiotas. um drama pra conseguir soltar o choro, mesmo que velado. ando a segurar muitas emoções dentro do peito. na cabeça. eles vão embora e depois voltam como se não tivessem ido, como naquela estória de velhos amigos que se reencontram depois de anos como se nada tivesse acontecido. então tem sito isso. então passou a ser aquilo.
minha vida não é mais minha e nem posso achar isso ruim, pois sei que serei pichada de inúmeros nomes de coisas que não sou. então luto. luto. sobrevivência é a chave do que ficou marcado há anos em conversas (in)formais.
ajuda todo mundo precisa. mas quem vai querer ajudar aqueles que não podem retribuir?
estou gastando minhas horas de sono e na manhã seguinte nada poderá me aliviar minhas ocupações, meu sorriso e alegria devem sempre serem impecáveis.
nada como voltar ao passado para perceber que certas coisas só mudam se as pessoas desejarem mudar, senão muda você e pronto. mas aguenta. supera essas mudanças todas. segura firme em seus ideais, ou então você cai de novo. e de novo. e tem que voltar não uma, não três, mas duas dezenas de casas, olhar como as coisas tem sua aparência mudada porém o interior é o mesmo, o mesmo vazio de compreensão, o mesmo processo de aceitação silenciosa, as ânsias são todas as mesmas e só a coragem que mudou, parece que se acovardou nessa área comodista, simplista de isso e aquilo, ou isto ou aquilo. as escolhas nunca foram apenas duas, mas de todas duas seriam aceitáveis, uma provavelmente inviável e uma terceira completamente execrável.
mas acho que vou me abrir aos testes. invariavelmente alguém irá sofrer. se não um, serão todos. mas o meu sofrimento tem sido escondido há tempos. há tempos...