pensei. pensei mais um pouco. conclusão nenhuma se chega de apenas se pensar, por isso esses pensamentos todos foram cruzados com fatos e alguns sentimentos. estava tentando explicar uma coisa que ainda preciso entender realmente.
pra variar, foi uma música que me fez pensar nisso do título. eis um pouco da evolução de textos que seriam escritos a partir disso, ó...
"eu o deixei para o final, como se deixa tudo o que é bom." mas daí descartei essa frase porque, não foi bem assim. porque "o que é bom, quando se considera o viver, tem que ser aproveitado." nem tudo tem um momento certo e o final com certeza não é o momento certo para ser feliz, uma fez que "você tem mesmo que aproveitar a viagem toda," desde o momento em que começa a preparar as malas até o momento de desfazê-las, quando se está de volta em casa.
mas tem um certo quê de pensar que deixei para o final aquilo que sabia que aproveitaria melhor se me permitisse descobrir mais, aprender mais, evitar errar com alguém por ter errado com tantos outros alguéns. (isso não é justo)
a vida é mesmo uma caixinha de surpresas e, mesmo 2011 que foi um ano em que tudo foi planejado e arquitetado, teve coisas que nem de longe eu poderia imaginar. penso se tudo estaria como está se eu tivesse feito o que havia imaginado. por muito tempo houve isso mesmo ou só veio agora? não posso precisar se não cruzar o pensamento com tantos atos e fatos que, nossa, tenho me lembrado só para depois esquecer novamente. essa vida de nunca ter certeza de nada é meio cruel, mais cruel quando começo a ter certeza e vem um e prova que "não era bem assim." mente pregadora de peças.
"certas coisas nunca mudam." mas você vê que está tudo, tudo mudando, o tempo todo.
e se faz primeiro o principal e depois o que se gosta (primeiro a obrigação e depois a diversão), por que mesmo eu não posso fazer uma refeição que eu goste? porque "alguns sofrimentos são necessários ao aprendizado." ah, mas apenas porque insistimos em achar pesaroso o ato de aprender, insistimos em querer "ir do antes para o depois sem passar pelo durante" e por isso vamos achando que o sofrimento é a única forma de aprender e que o processo será árduo e doloroso. mas isso é pura balela, tudo mentira aquela história de "quem não aprende pelo amor tem que aprender pela dor." pode-se muito bem aprender sorrindo, ver a beleza nas pequenas coisas e manter a felicidade ao seu lado onde ela vai sempre estar mesmo quando você não a quiser.
"o sol nasce para todos, só não sabe quem não quer" mas, quem não quer ver o sol ou quem não quer que ele esteja lá?
pensamentos, sentimentos, situações... está tudo incluso no grande pacote de viver.
eu já não sei mais como não contar para você todos os meus segredos
fica difícil até mesmo não dizer quais são meus pensamentos
lembro que nos oferecíamos moedas por eles
lembro-me que costumávamos trocá-los apenas no olhar
eu já não sei mais porquê isso acabou
é muito improvável que tudo volte a ser quando esse mesmo tudo por tantas vezes mudou
eu não quero guardar estes segredos, eu os quero compartilhar.
mas de nada adianta jogá-los ao vento, se você não irá escutar.
então eu calo, coisa que antes nunca fizera, e silencio-me ante sua presença.
quando for o momento, o olhar dirá. quando for a hora, você falará.
enquanto isso tenho estas teclas para gerarem estar letras.
enquanto isso tenho aquele velho caderno e muitas canetas.
só você me faz voltar a escrever tanto assim.
você me faz voltar a meditar e encontrar o melhor de mim.
você ainda me faz sofrer. você ainda me faz chorar.
é estranho e esquisito mas, é a coisa mais especial que poderia me fazer. porque assim me faz crescer.
não sei porque devo crescer.
não sei porque esse silêncio todo mas aceito-o e procurarei compreender.
já era assim antes de tudo e parece que sempre assim será...
não quero ser o centro do seu mundo, não vou aceitar fora dele ficar. mas eu tento e eu faço. e no final tudo que posso fazer é calar.
guardo para mim os meus segredos.
deixo dentro de mim meus pensamentos.