tenho tido muitas ultimamente. nem todas boas, nenhuma delas ruins. (a preguiça de colocar os parenteses em si tornará esse texto um pouco mais compreensível(ou não))
hoje achei que estivesse inspirada para falar, para comentar, para pensar, para devanear... mas tem tanta coisa na minha cabeça que não consigo organizar.
acabei de fazer um texto para o FUE, ficou legal, foi meio direcionado, mas ficou legal. consegui pensar bastante enquanto escrevia. Gosto desse exercício, ele é bom. Escrever em inglês exige um pouco mais de mim, exige que eu realmente pense antes de dizer algo, de escrever, tenho que lembrar da palavra (nem vou contar que algumas vezes tenho que usar o dic para não escrever besteira! haha!) (e durante este trecho acabo de perceber que copos de plástico, mesmo resistentes, não são bons cinzeiros se você não coloca um pouco de água neles ANTES de apagar o cigarro, enfim...) e para lembrar a palavra tenho que lembrar o sentido dela, e lembrando o sentido das palavras você lembra o sentido que quer dar ao contexto e você lembra o que realmente quer dizer, e você lembra onde quer tocar, e você lembra o contexto daquilo que está escrevendo, e você lembra do que lhe fez querer escrever aquilo, e você lembra de tudo desde o princípio, e depois que termina de escrever continua lembrando e continua querendo escrever (aí que entram os parenteses).
em constantes lembranças, você não esquece o que aprendeu, é de lembrar o que aprendeu na infância que consegue agora ler este texto, como consigo escrevê-lo pelo que aprendi em toda a vida no colégio.
Mas tem muitas coisas ainda que não me lembro, ainda existem coisas que minha mente mantém longe do consciente. e não sei se realmente seria bom lembrar de tudo aquilo, muito menos dos detalhes.
passei, tenho passado e passarei por vários momentos como este, em que devo me lembrar e depois esquecer. A arte de esquecer é deveras mais difícil do que a arte do lembrar. Para esquecer tens que fingir que não aconteceu, e para fingir que não aconteceu tens que retirar o que aprendeu sobre, e para retirar o que aprendeu sobre aquilo não pode ter marcado, e para que aquilo não marque você tem que esquecer...
muitas vezes eu lembro de histórias, fatos engraçados ou sérios, que me foram contados, que ouvi, que presenciei, mas não lembro da pessoa que contou, quem estava por perto, onde foi que ouvi, onde foi que aconteceu, apenas lembro do fato em si, sequer recordo das reações que tive, apenas lembro sem lembrar. Há momentos em que isso ainda me irrita, mas é um dom e um dom dos sérios. Poder lembrar e poder esquecer conforme sua mente acredita nas coisas. Um dom, uma dádiva, e uma perdição.
escrevi demais aqui também, mas ainda quero escrever muito mais. continuo precisando conversar, continuo querendo opiniões, continuo querendo meus amigos por perto, continuo desaparecida e arredia. Continuo me enfurnando em livros. Agora ando até mais anti-social do que antes e ainda menos do que já fui. Mas isso fica sendo assunto de outro dia. É tarde e preciso encontrar o sono que eu esqueci.
Acabei de escrever umas coisas no outro blog e não estou me sentindo melhor ainda. Acho que terei que apelar para a lingua nativa para ver se alguma coisa entra nos eixos. Realmente, eu deveria escrever um email, assim iria para as pessoas que eu realmente quero que leiam isso, mas e daí? foda-se se elas não vão ler, ou se estão ocupadas demais com suas coisas para que possam dar qualquer atenção para uma velha amiga/etc.
Amigos. É isso que vêm me incomodando ultimamente. É verdade, a medida que você envelhece os amigos vão desaparecendo e os poucos que restam estão cada vez mais distantes. Hoje eu só queria conversar, talvez um abraço de quem está por perto, mas fico apenas com essas letrinhas organizadas em qwerty e reorganizadas por dedos famintos por outras letrinhas organizadas por outros dedos.
Tristeza é um porre mas eu tô é fumando pra cacete porque amanhã eu vou ir trabalhar denovo e não posso fazer isso de ressaca.
Isso me faz pensar em o quão subistituíveis são as pessoas e o quão INsubstituiveis outras... Ficar esperando algo que não chegará é tão horrível quando esperar a morte que vem sempre mesmo quando não se espera.
Por que tudo tem que ser tão passageiro? Eu quero consertar o mundo mas ele nao quer ser consertado. As coisas melhoram, depois pioram denovo e parece que nunca estiveram bem, depois a gente esquece que estavam ruins e fica por isso mesmo. E eu fico por aqui e pronto.